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Parir com a alma

  • Foto do escritor: Té Carapinha
    Té Carapinha
  • 18 de jul. de 2017
  • 2 min de leitura

A gravidez, o parto, a amamentação, a maternidade são temas que me suscitam bastante interesse. Talvez porque vejo as mulheres cada vez mais perder as suas raízes e deixar de ouvir o seu corpo. Sou mãe de dois, com partos completamente diferentes mas ambos maravilhosos. O primeiro, programado, com indução e analgesia. Tive a sorte de se desenrolar rapidamente sem as complicações que podem advir de uma indução. Correu tudo lindamente mas foi agri-doce, gostaria de ter entrado em trabalho de parto naturalmente e ter parido sem epidural. Na altura não havia escolha, com uma Trombocitopénia idiopática o meu parto nunca poderia ser natural, pois a perda de sangue tinha que ser controlada. Recordo-me que todas as minhas amigas me diziam para pedir anestesia, que teria um parto muito mais tranquilo, sem dor e que poderia assim apreciar tudo muito melhor. Passados 6 anos voltei a engravidar e desta vez com as condições de saúde favoráveis decidi que queria que o meu corpo falasse por sí. Ao longo de 41 semanas preparei-me para ter um parto o mais natural possível em meio hospitalar. E assim foi, na medida dos possíveis, correspondeu ao que esperava. No entanto a humanização do parto na maioria dos hospitais públicos ainda é uma utopia, são poucos os que permitem á mulher o empoderamento

que lhe pertence neste momento tão especial e em determinados hospitais é necessário utilizar estratégia para conseguir o que se quer como foi o meu caso. Continuamos a deparar-nos com pessoas de mente fechada e completamente formatadas ao habitué, mas quem sabe num próximo, se houver próximo, parimos em casa.

*Texto retirado do início do blog, para (re) ler na companhia de um chá ou café


 
 
 

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