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Informação é poder

  • Foto do escritor: Té Carapinha
    Té Carapinha
  • 7 de ago. de 2018
  • 1 min de leitura

- Gostei imenso do serviço do hospital quando a minha filha nasceu! Mais adiante na conversa diz-me que após o nascimento, a menina lhe foi retirada pois teve que ir para o bloco para remoção da placenta que teimava em não nascer depois de várias tentativas de intervenção para o efeito. Viu apenas a sua filha de costas enquanto era levada por uma enfermeira. Diz-me ainda, que ficou toda roxa nas costelas porque o médico lhe pulou em cima para empurrar a barriga, quando ela estava deitada de supina. Nem tão cedo pensa voltar a ser mãe, tal não foi o trauma. Felizmente a bebé e ela estão bem e isso é que importa, diz-me esta mulher com os olhos cheios de lágrimas. Mas gostou imenso de tudo e foram todos espectaculares. Este texto poderia ser uma charada e agora desafiava-vos a identificar o que está errado, mas não, é uma história real e triste de uma mulher que não reconhece os seus direitos. Uma mulher que se torna propriedade da unidade hospitalar sujeitando-se a qualquer intervenção por falta de conhecimento e no final considera que teve um tratamento espectacular por parte de toda a equipa. Quando é que isto vai acabar? Quando as mulheres souberem o que é normal e o que é abuso, o que é intervenção necessária e o que é procedimento rotineiro, quando as mulheres forem donas e senhoras do seu próprio corpo, quando as mulheres tiverem coragem para denunciar situações abusivas. 

*Imagem retirada do Pinterest 


 
 
 

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